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Com Eiza González no elenco, “Love Spreads” apresenta a história de uma banda inteiramente feminina


Músicas, um estúdio no meio do nada no Reino Unido e uma banda feminina com bloqueio criativo. Love Spreads tem mais a oferecer do que isso.

Uma banda com dificuldades para gravar um álbum – essa poderia ser a sinopse de Love Spreads mas o filme tem mais a oferecer.

Ambientado no Rockfield Studios (o famoso estúdio onde o Oasis criou “Wonderwall”, e Queen revolucionou a indústria musical com “Bohemian Rhapsody”, entre diversos outros), o filme mostra a história da Glass Heart, uma banda inteiramente feminina que após terminar uma turnê, precisa começar a trabalhar em segundo álbum.

Jess (Chanel Cresswell), Kelly (Alia Shawkat) e Patricia (Eiza González). – Reprodução

Como líder da banda, Kelly (Alia Shawkat) é responsável por todas as composições mas se vê em um bloqueio criativo onde não consegue criar nada. O empresário Mark (Nick Helm), frustrado com o cenário de estarem presos em um estúdio no meio do nada por semanas sem resultados, resolve usar o material da guitarrista Alice (Tara Lee), e que acaba resultando em discussões. Importante pontuar aqui que quem rouba a cena é Chanel Cresswell, que interpreta a baterista Jess e chama atenção mesmo permanecendo isenta nas cenas mais agitadas.

O filme muda completamente com a chegada de Patricia (Eiza Gonzalez), uma guitarrista contratada pela gravadora para substituir Alice, e que acaba sendo a grande salvação da Glass Heart – irônico, pois González também é a salvação do filme. Da mesma forma que sua personagem traz inspiração para o grupo, a atriz ilumina a tela e o enredo só impulsiona depois de sua primeira aparição.

Poster oficial de Love Spreads – Reprodução

O filme pode ser descrito como uma dramédia, mesmo não tendo elementos suficientes de drama, nem de comédia. É um filme simples, não espere um roteiro cheio de sacadas e plot-twists, ou uma fotografia épica. A simplicidade é o que faz com que ele se sustente por 95 minutos.

Considerando que estamos engatinhando pra sair de quase dois anos onde nossas vidas foram restritas em formas que jamais imaginávamos, Love Spreads acaba sendo ressignificado e não poderia ter sido lançado em um momento melhor. A beleza do filme está aí: estamos todos presos em bloqueios criativos, e precisamos recorrer às pessoas que temos ao nosso redor.

Por Balde de Pipoca


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