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Gina Rodriguez viverá uma paramédica lésbica em filme de ficção científica


Gina Rodriguez está prestes a fazer sua estreia, mas já adianta um pouco sobre sua próxima personagem nas telonas: uma paramédica lésbica em um filme de ficção científica!

Gina Rodriguez, estrela de “Jane The Virgin”, viu sua carreira em Hollywood deslanchar desde que ganhou o Globo de Ouro por sua atuação na série que conta a história de uma moça virgem que engravida acidentalmente através de fertilização artificial.

Um de seus próximos trabalhos será nos cinemas, em “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo“, filme que reconta a explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, no Golfo do México, em 2010. Foi o maior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos, contaminando grande parte do litoral daquela região, além de causar danos ambientais e econômicos. No longa, Gina vive Andrea Fleytas, uma mulher que trabalhava na torre no dia do acidente.

“[Ela é] Uma heroína, que é latina e da Califórnia, e achei que se ela não fosse representada por uma latina, isso seria terrível”, contou a atriz à revista Latina, da qual é a capa na edição de outubro. “Não precisava ser eu. Eu disse para o Peter [Berg, diretor de “Horizonte Profundo”]: ‘se não eu, pode ser a Natalie Martinez, ou Melonie Diaz, ou Génesis Rodriguez, ou Stephanie Beatriz, ou Melissa Fumero. Poderia ser qualquer latina que está aí arrebentando'”.

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O papel foi um dos primeiros oferecidos a ela depois de sua vitória no Globo de Ouro, em 2015, quando levou a estatueta de ‘Melhor Atriz em Série de Comédia’. “Muitos filmes foram oferecidos depois da premiação; ‘Jane’ abriu muitas portas, e ‘Horizonte Profundo’ surgiu no meu iPad. Pensei logo: ‘esse é o filme pelo qual vou lutar. Quero muito estar nele'”, afirmou a artista.

Essa será a estreia de Rodriguez nas telonas (o longa chega no Brasil no final de setembro), e será o primeiro de muitos no que depender dela. Em 2017, ela também será uma das protagonistas de “Annihilation”, um filme de ficção científica, do diretor Alex Garland (“Ex_Machina: Instinto Artificial”), e que tem Natalie Portman, Oscar Isaac e Jennifer Jason Leigh. A produção é uma adaptação do livro de mesmo nome do escritor Jeff VanderMeer.

Sobre sua participação no filme, Gina disse: “Eu interpreto Anya Thorensen, uma paramédica de Chicago que é lésbica e uma ex-viciada que vai ao Shimmer [uma espécie de entidade que está destruindo o mundo] para ser a heroína que sempre quis ser”, adiantou.

E sobre o trabalho na produção, ela foi só elogios. “Alex Garland é absolutamente brilhante”, disse. “Você lê qualquer um de seus livros e pensa que ele consegue criar qualquer mundo a partir do nada. Oscar Isaac vive o marido da Natalie Portman. Eu o amo. Ele é encorajador e foi adorável e me apoiou muito. [A história] É sobre cinco mulheres que entram no Shimmer, para contê-lo. Temos armas, fazemos façanhas fodas e é uma história brilhante”.

A revista Latina acrescentou ainda que a atriz raspou a cabeça para o longa, num sinal de dedicação ao longa em que estava trabalhando. “Eu acho que é tudo sobre a ideia de ser sua própria heroína e não sentir que você precisa corresponder às expectativas de ninguém. Eu não sou a minha beleza”, disse. “Quem eu sou não é o meu cabelo, e para ser uma atriz, eu preciso me transformar. Para representar uma comunidade, é preciso comprometimento, para dar tudo de mim. Então, se eu vou representar latinos na indústria da arte, se eu vou representar meus pequenos primos em Chicago, eles vão saber que eu dei tudo de mim. De quem temos medo? Do que temos medo? A pior coisa que pode acontecer é nós morrermos. Todo o resto você pode suportar”.

Sobre representar e se manifestar pela comunidade latina dos Estados Unidos, esse é um trabalho que ela abraçou com todo coração. Em fevereiro, durante a época de conversa sobre a falta de diversidade no Oscar e na indústria cinematográfica como um todo, ela deu início ao movimento nas redes sociais para destacar artistas latinos. Segundo um estudo recente, esse grupo representa apenas 5,8% de todos os personagens no cinema e na televisão, embora representem 17% da população americana e correspondam a 32% das pessoas que vão aos cinemas.

Para fazer com que Hollywood melhore a representação de latinos, a atriz acredita que a união de todos é o caminho para mudar essa realidade. Ela acredita nisso para outro assunto também importante: a escolha do novo presidente dos Estados Unidos. “Somos fortes em números. Conseguimos colocar Barack [Obama] na Casa Branca. Podemos fazer o mesmo garantindo que Donald Trump [candidato do Partido Republicano] não se eleja. Nós somos fortes assim”.

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Por Prosa Livre


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