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Indignação: Desamparados pela Fundação Saúde, empresas que montaram os Hospitais de Campanha exigem atenção do Governo do Rio de Janeiro


Fundação Saúde afirma que não pagará atrasados de serviços contratados pela IABAS e se exime de resolver o impasse sobre equipamentos e estruturas retidos nos hospitais que têm que ser desmontados

Em um jogo de empurra, IABAS afirma que dívida é do Governo do Estado, que em contrapartida informa que a OS é a responsável pelos pagamentos 

É ainda mais calamitosa a situação das 14 empresas responsáveis pela construção dos Hospitais de Campanha no Estado do Rio de Janeiro. Contratadas por intermédio da Organização Social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) para montagem de toda a infraestrutura das sete unidades hospitalares, as empresas tiveram seus contratos rescindidos, seus equipamentos retidos e, desde maio, não conseguem receber pagamentos nem informações sobre a situação do desmonte por parte Fundacão Saúde, interventora do processo e anunciada como responsável pela conclusão das obras e gestão das unidades.

Porém, na tarde desta quinta-feira, 6 de agosto, Renan Coutinho, da Feeling Eventos, uma das empresas prejudicadas pela processo, conseguiu ser recebido pela Sra. Odete Carmem Gialdi, Diretora Executiva da Fundação Saúde. Acompanhado pelo advogado Álvaro Borgerth, representante jurídico do grupo de empresas na mesma situação, Renan obteve, pela primeira vez, informações da instituição interventora.

A Diretora Executiva informou que a Fundação não arcará com os pagamentos atrasados relativos aos contratos firmados pela IABAS, e que as empresas devem procurar a Organização Social. Também informou que na próxima semana uma empresa contratada pelo Governo será incumbida da retirada de bens do Estado que se encontram nas unidades desativadas e, posteriormente, anunciará a data em que os fornecedores poderão retirar suas estruturas e equipamentos.

Para completar, a Sra Odete Gialdi concluiu dizendo que somente irá pagar, a partir de agora, pelo material instalado nas unidades do Maracanã e de São Gonçalo,  mantidas em atividade por determinação do Ministério Público até o final de suas operações.

A decisão apresentada causou indignação por explicitar o total descaso e indiferença por parte da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro com essas empresas que ainda precisam receber cerca de R$ 25.000.000,00 de um total de R$ 50.000.000,00 referentes aos contratos somados. O representante do grupo enfatizou que as empresas precisam de cerca de R$20.000.000,00 para conseguir retirar seus materiais, contratando guindastes, tratores, carretas e centenas de trabalhadores.

“É muito triste perceber que nós somos reféns e os maiores prejudicados desse imbroglio político. Na reunião de hoje na Fundação Saúde, disseram que vão nos autorizar a desmobilizar alguns hospitais mais afastados já na semana que vem e vão negociar com a gente só o que foi prestado a partir de julho, ou seja, o que aconteceu para trás teríamos que cobrar do Iabas. Dizem que não têm dinheiro, que não podem pagar o atrasado e que a função deles na intervenção não é essa. É um jogo de “empurra” que nos prejudica de uma maneira sem precedentes. Seremos obrigados a demitir funcionários e prejudicar e comprometer os contratos de nossos fornecedores” lamenta Renan, cuja empresa forneceu tendas, pisos e divisórias de leitos, entre outros materiais, para quase todos os hospitais de campanha – com exceção apenas da unidade de Casemiro de Abreu.

A mesma situação é vivida pelo empresário Carlos Eduardo Berenguer, da Berenguer Locações e Serviços. A empresa prestou serviços de gestão e coordenação de energia elétrica em quatro unidades: Maracanã, São Gonçalo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Com 40 funcionários, Berenguer conta que tem R$ 600 mil ainda a receber, e que a situação vem ficando cada vez mais insustentável.

“Eu tenho a receber mais ou menos R$ 600 mil, e estamos em meio a este impasse. Eu tenho 40 famílias para alimentar, outros empresários têm ainda mais gente, está muito difícil. Minha empresa é responsável por toda a instalação elétrica de quatro unidades, tenho equipe full time nos hospitais. São muitos pontos de energia, quadros, quilômetros de cabos, centenas de tomadas. O Governo diz que é a IABAS, a IABAS diz que é o governo, mas nenhum deles consegue nos provar o que está afirmando”

O grupo, formado pelas empresas Feeling, Berenguer, MVD, Mil Geradores, Petrotub, Loc Piramide, Silva Muniz Engenharia, Criaativa, Eletroservice, DRB, Torres Engenharia, Impact Multi Eventos, Memo e Oxilage Gases segue à espera de uma posição do Governo sobre o impasse.

“Fizemos nossa parte e não podemos sair prejudicados dessa forma por causa de um problema que não nos compete. Nosso material é alugado, nada é deles, montamos esses hospitais com as nossas estruturas e equipamentos. Eles nos deixaram sem informações, não nos pagam, não nos dão ouvidos e nos tratam com descaso” diz Omar Jacob da Mil Geradores.

As empresas tem material fotográfico e relatórios comprobatórios do que foi acordado e entregue com excelência. A situação se agravou quando tiveram que pagar os altos impostos referentes às notas fiscais emitidas para os meses de junho e julho e que somente agora foi informado que não serão pagas. Desde maio os empresários têm contraído despesas para contratar pessoal a fim de cuidar de seus equipamentos.

A Secretaria de Saúde do do Estado repete que repassou à IABAS as verbas para pagamento de contratos que contemplariam montagem, manutenção e desmontagem, mas parece ignorar que o material não poderá ser retirado sem a verba necessária, montante que seria extraído das parcelas não pagas.

O pleito do grupo é que o Governo do Estado os ouça, promova o diálogo entre as partes e aponte uma solução amigável, já que a representante da Fundação Saúde foi categórica em afirmar que o problema não será resolvido por ela.

Como cidadãos que pagam seus impostos e dos quais dependem cerca de 1.000 trabalhadores diretos e indiretos, os empresários exigem que o Governo apresente uma solução.

“Não temos como absorver um prejuízo que acabará com empregos, resultará em um rombo sem precedentes em nossas empresas e na vida de 1.000 pessoas que dependem de nós. Não podemos ser os únicos prejudicados pela má gestão dessa operação” completa Luiz Carlos Vieira da MVD Eventos.

O grupo espera ser ouvido pelo Governador Wilson Witzel e pelo Secretário de Saúde, já que há um impasse que os impede de desmontar o material alugado e instalado que, a cada dia, gera ainda mais gastos para o bolso do cidadão.

Assessoria de Comunicação:

Midiorama Comunicação
Horácio Brandão
horacio@midiorama.com.br
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