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Krisiun: Iniciando os shows de 2016 em grande estilo


No início deste ano, finalmente, o Krisiun pode lançar seu álbum Forged in Fury na cidade de São Paulo, oficialmente. Para isso, foram dois dias de ingressos esgotados no Sesc Belenzinho, zona leste de São Paulo, com participação de João Gordo, do Ratos de Porão.

A banda prestou, ainda, um tributo ao falecimento de Lemmy  Kilmister, ícone do Motörhead, falecido dias antes vítima de câncer.

O ano começou a mil por hora em relação a shows e a primeira data na cidade foi mais que especial: o SESC Belenzinho, através de seu Projeto Música Extrema, teve a honra de oficialmente lançar em São Paulo o CD Forged in Fury, eleito por nós para o Portal Midiorama como o melhor álbum do ano passado e que deverá abrir mais portas ainda para a banda que, em fevereiro, participa do renomado Cruzeiro 70.000 Tons of Metal.

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Era bem interessante chegar ao Sesc Belenzinho e ver as excursões chegando em várias vans e o público vindo em massa do metrô. Uma vez que as duas datas tiveram todos os ingressos vendidos, a ansiedade crescia e, finalmente, após uma intro, que penso ser uma música do Johnny Cash, finalmente ouvimos uma das mais tradicionais e aclamadas falas do Metal Nacional: “São Paulo…. O Krisiun está aqui”. E a galera simplesmente explodiu.

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O começo da devastação foi com “Kings of Killing”, faixa do álbum Apocalypitic Revelation, que usualmente abre o show da banda, seguido pela poderosa “The Will to Potency”, do disco The Great Execution, e com o riff rasgante da intro de “Combustion Inferno”. Era a mesma trinca da última turnê, mas temos certeza que é uma sequência de fazer o capeta chamar a mamãe porque está com “medinho”.

Alex Camargo (baixo e vocal), Max Kolesne (bateria) e Moyses Kolesne (guitarra) formam o Krisiun. É simplesmente uma das maiores bandas que temos dentro do Heavy Metal atualmente, sendo hoje nosso maior expoente no exterior. Se as gravadores investissem hoje como faziam nas décadas passadas, certamente estariam anos à frente de outras bandas.

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Sempre aos gritos de “...Krisiun, Krisiun…”, Alex comentava que nenhuma banda é nada sem seus fãs e, como já citamos em uma atitude parecida de outra banda, é bom ver boas bandas declarando essa nobre frase a seu público, afinal, sem os fãs, que compram o material e ingresso para os shows, nenhuma banda se sustentaria, por mais qualidade que tivesse. Parabéns aoKrisiun pela atitude. Os diferenciados são especiais e sempre sabemos quem são.

A primeira do novo petardo foi Scar of Hatred e mostra claramente a evolução da banda nessas mais de duas décadas de serviços prestados ao Death Metal, em que Alex deixa bem claro, que “O Krisiun sempre será Heavy Metal e jamais se venderia por pouca bosta”. A banda tem uma perfeita movimentação de palco, um dos melhores shows de Heavy Metal da atualidade e alguns detalhes devem ser citados. O primeiro e mais interessante é que, por estarmos no meio do mês de férias, havia uma atividade paralela voltada a crianças, algumas bem pequenas mesmo, de 2 a 4 anos no máximo, e as mães levaram até o vidro que separa a plateia da praça de atividades da Unidade do Sesc Belenzinho. As crianças naturalmente, com seu jeito todo inocente, headbangiavam de mãos dadas com as mamães e eu pensava: “É, o mundo terá futuro só precisa ser melhor educado”. Outro detalhe foi a quantidade de músicos presentes, como Ed Chaves, do Oitão, Thiago Oliveira, do Addicted to Pain,  Seventh Seal, e o grande vocalista Warrel Dane, além de, claro, muitos outros de algumas bandas que ainda buscam seu reconhecimento.

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Outra faixa do novo álbum foi “Ways of Barbarism“. Na sequência, João Gordo, do Ratos de Porão (com uma peita do Slayer), foi convidado para cantar a faixa “Extinção em Massa”, a qual, tanto João, quanto Alex, disseram ser muito difícil de cantar e tem uma bela mensagem na letra – eles gravaram juntos no álbum The Great Execution e até pensei que o convidado estaria na homenagem para o Motörhead, mas me enganei e muito. Depois dessa pedrada, veio outra ainda maior, “Blood of Lions”, bem mais cadenciada e que a galera cantou muito alto o refrão.

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A homenagem ao Motörhead, que Alex mencionou, sabendo que todos ali estavam tristes pela passagem de Lemmy, lembrou que era o último músico que realmente simbolizava o Rock’n’Roll e, então, um justo e belíssimo tributo com dois sons,  sendo o primeiro “Ace of Spades“, que, aos gritos de “ Lemmy…Lemmy..”, emendou em “No Class.

O final, como sempre, apoteótico e clássico com “Black Force Domain” contagia qualquer expectador de um show do Krisiun, fazendo com que todos sempre cantem o refrão para, aí sim, finalizarem um show impecável.

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Para um início de ano, um show animal, de uma banda que sempre proporciona shows completamente ensandecidos. Certamente teremos outras oportunidades de ver o Krisiun este ano, pois sempre vale a pena.

1- Kings of Killing

2- The Will to Prophecy

3- Combustion Inferno

4- Scar of The Hatred

5- Vegeance’s Revelation

6- Descending Abomination

7- Dogma of Submission

8- Ways of Barbarism

9- Extinção em massa

10- Blood ol Lions

11- Souless Impaler

12- conquer of Armagedon

13- Ace of Spades

14- No Class

15- Black Force Domain

 

Álbum de fotos: Click Aqui

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Por A Ilha do Metal


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