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#MulheresnaMúsica: Kathleen Hanna – Lutando pela boa causa!


Kathleen Hanna é uma feminista icônica que surgiu na década de 90

Kathleen Hanna é uma das figuras icônicas que surgiu na década de 90. Apesar de rejeitar ser chamada de ícone não há como negar que foi por causa dela e sua banda, que um dos movimentos mais importantes para a libertação feminina se propagou pelo mundo a fora: o Riot Grrrl. O movimento influenciou diversas garotas a pegarem suas guitarras e começarem a tocar, dando voz a elas e quebrando diversos paradigmas e tabus enfrentados pelo universo feminino. As críticas iam desde as capas de revistas (que “ensinavam” um padrão de beleza a se seguir para as garotas) até questões mais profundas como o aborto.

Kathleen nasceu em Portland, no Oregon em 12 de novembro de 1968. Seu interesse pelo feminismo começou quando ela tinha 9 anos, e sua mãe a levou em uma marcha do movimento feminista em Washington D.C., lá ela viu a jornalista Gloria Steinem (1934) discursar. Esse fato mudou sua história para sempre, e a fez querer lutar pela boa causa.  Suas ideologias começaram a virar ação, quando ela foi estudar fotografia em Washington, foi nesta época, no fim dos anos 80, que ela começou a organizar recitais, peças teatrais e fanzines, onde discutia sobre o sexismo e violência doméstica. Mas foi na música que ela viu sua voz ganhar força.

Bikini Kill se forma em meados de 90, a banda, que tinha questões políticas como ideologia e o punk como base, trouxe ascensão a cena underground e logo ganhou apoio local. Hanna sempre expressou que falar sobre questões consideradas tabus pela sociedade, encorajaria outras mulheres a discutir abertamente sobre tais paradigmas também. Em uma entrevista, ela afirmou ter feito um aborto aos 15 anos, e definiu aquilo como sua primeira escolha por conta própria, reafirmando sua ideia de que nós temos direito sobre o nosso corpo.

Dá só uma olhada como eram os shows da banda, as performances de Kathleen no palco eram cheias de simbolismo e libertação:

“Não me sinto como um ícone, me sinto mais como uma cantora de um trabalho social ou uma pessoa com um passado bizarro. Sou tipo um Forrest Gump do indie rock” –  Kathleen Hanna ao The Guardian

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Ela foi responsável por, sem querer, criar o nome de um grande sucesso do Nirvana. Na época, Kathleen namorava Dave Grohl e Kurt Cobain saia com sua amiga Tobi Vail, para brincar com o perfume usado pela amiga que impregnava Cobain ela escreveu na parede “Kurt Smells Like Teen Spirit”, e o resto virou história.

Em 1997 ela começa a namorar Ad-Rock (Adam Horovitz) do Beastie Boys, eles se casam 9 anos depois e estão juntos até hoje. No documentário autobiográfico The Punk Singer é possível ver Adam e outros grandes nomes falando da importância da música de Kathleen para o mundo. Neste mesmo documentário, Kathleen anuncia ser portadora da Doença de Lyme (transmitida por carrapatos), e conta sua luta contra o diagnóstico dado 2010.

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Kathleen ainda levanta a bandeira feminista. Bikini Kill acabou em 1997, mas ela continuou militando através da música. Começou a se apresentar solo com seu pseudônimo Julie Ruin, que em 2013 ganha uma banda e vira The Julie Ruin. Le Tigre, formado por Kathleen e uma amiga em 1999, foi destaque em meados de 2000 e ganhou grande repercussão com o cover da música “I’m so Excited” cantada pelas meninas do The Pointer Sisters. Vale a pena conferir todos esses trabalhos de Hanna, com certeza vocês serão inspirados pela luta constante desta poderosíssima mulher!

Por Mônica Dias do Imprensa do Rock


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