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Review: O Castelo de Vidro


Filme, baseado em best-seller, narra a história real e emocionante da jornalista Jeannette Walls. Saiba mais!

Fomos convidados para assistir ao drama “O Castelo de Vidro”, baseado no livro homônimo da jornalista Jeannette Walls, que permaneceu na lista de best-sellers do The New York Times por sete anos.

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Dirigido por Destin Daniel Cretton, a história trata da conturbada relação entre Jeannete, vivida pela ganhadora do Oscar Brie Larson, e sua família disfuncional, capitaneada por seu excêntrico pai (Woody Harrison) que tenta estimular os filhos através da imaginação para encarar a pobreza.

Não se enganem pelo título, pois o que vemos na tela é uma realidade dura de quem tem a responsabilidade de ser aquilo que se deseja, mas para isso precisa encarar seu demônios internos e problemas do passado.

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Foto de divulgação – Paris Filmes

Fica fácil perceber o peso da narrativa quando logo em seus primeiros minutos vemos um acidente doméstico onde a protagonista, ainda criança, tem parte do seu corpo queimado por negligência de uma mãe artista um tanto quanto egoísta. Na sequência, vemos o plano irresponsável de seu pai para retirar a menina do hospital sem que a família tivesse problemas com a assistência social.

Este momento já demonstra claramente que um dos destaques do filme é atuação de Woody Harrison, que provavelmente será pelo menos lembrada em algumas indicações a premiações. O ator parece que já está acostumado a viver personagens desajustados e nos entrega um pai que ao mesmo tempo que apresenta fúrias bêbadas e perigosas, tenta tornar a vida, para seus filhos, mais palatável através da imaginação e gestos grandiosos de carinho diante das dificuldades que, na maioria das vezes, ele mesmo cria.

From L to R: Eden Grace Redfield as "Youngest Maureen," Woody Harrelson as "Rex Walls," Charlie Shotwell as "Young Brian," Sadie Sink as "Young Lori" and Naomi Watts as "Rose Mary Walls" in THE GLASS CASTLE. Photo by Jake Giles Netter.
Divulgação. Photo by Jake Giles Netter.

Não há como não relacionar com “Capitão Fantástico” devido a semelhança de visões que os patriarcas apresentam. Porém, em “Castelo de Vidro”, o encanto com a excentricidade logo se perde ao nos darmos conta que se trata de uma história baseada em fatos reais.

Apesar de às vezes parecer um pouco confuso, os flashbacks a partir do ponto de vista da autora conseguem construir uma empatia clara entre a jovem Jeannette e audiência em sua busca para entender seu pai, ao mesmo tempo em que precisa sobreviver nesta realidade confusa e difícil.

Este realmente não é um filme de drama qualquer, onde suas duas horas de projeção quase não são sentidas. Para quem for conferir e tiver o coração mais sensível, leve seus lenços!

Pensou que acabou? Não! Fique até o fim dos créditos e assista a vídeos da família de verdade.

Por Guilherme Lourenço


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