Patrocinada pelo Circuito Cultural Bradesco Seguros e Previdência e idealizada pela Dell´Arte Soluções Culturais, a Hallé Orchestra – a mais antiga formação sinfônica profissional da Inglaterra, sobe ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para encerrar, com chave de ouro, a 15ª edição da Série Dell´Arte Concertos Internacionais 2008, este ano programada para terminar mais cedo por causa das obras para reforma do Theatro. Regida por seu diretor artístico, Sir Mark Elder, e com a participação da pianista Polina Leschenko, a apresentação acontece no dia 04 de setembro.
Criada em Manchester, em 1858, pelo pianista e maestro Charles Hallé, a orquestra deu seu primeiro concerto no Free Trade Hall de Manchester. Após a morte de Charles Hallé, o grupo continuou a trabalhar sob a liderança de figuras do porte de Hans Richter, Hamilton Harty e John Barbirolli. O programa da noite do dia 04 inclui peças de Verdi, Lizst, Debussy e Shostakovich.
A Orquestra
Sob a direção de Mark Elder, que se tornou seu diretor musical em 2000, The Hallé vem colhendo êxitos no país e no exterior. A Royal Philharmonic Society distinguiu Mark Elder com o “Conductor Award” de 2006. No ano anterior, ela havia outorgado o “Ensemble Award” para The Hallé. Além disto, The Hallé, a BBC Philharmonic e o Royal Northern College of Music receberam recentemente o prêmio musical do “South Bank Show”, por Shostakovich, His Heroes and Comrades, uma colaboração que assinalou o centenário de nascimento de Shostakovich. O festival apresentou o ciclo completo das sinfonias e música de câmara do compositor em Manchester, entre janeiro de fevereiro de 2006.
Há dez anos The Hallé transferiu-se para seu novo endereço, o Bridgewater Hall, onde apresenta cerca de setenta concertos anuais. Realizando cerca de quarenta apresentações por ano pelo resto da Grã-Bretanha, The Hallé atrai um enorme público, tanto em casa quanto fora de Manchester. Sua reputação de excelência artística e versatilidade levaram-na a uma série de turnês internacionais e a apresentações no rádio e na TV.
Em 2003 The Hallé lançou seu próprio selo de gravações de estúdio registrando, em particular, a música de Elgar e de Richard Strauss. Lançou, paralelamente, um segundo selo, dedicado à remasterização de gravações da orquestra dos anos 1920 aos 1940. Os últimos lançamentos incluem La Mer e orquestrações de doze Prelúdios de Debussy assinados pelo compositor associado de The Hallé, Colin Matthews.
O Coro Hallé, fundado junto com a orquestra, em 1858, é atualmente dirigido pelo diretor coral de The Hallé, James Burton, que também dirige o Coro Jovem Hallé. O regente-assistente de The Hallé, Rory Macdonald, dirige a Orquestra Jovem Hallé. No início da temporada 2005-2006, The Hallé indicou, pela primeira vez em sua história, um Regente Convidado Principal, Cristian Mandeal.
Como parte de seu crescente compromisso com compositores vivos, The Hallé — além de apresentar muitas importantes estréias no Reino Unido e em Manchester — apresentou as primeiras execuções de obras de Elgar e Vaughan Williams e, mais recentemente, de novas peças de Thomas Adès, John Casken, Luke Bedford e Mark-Anthony Turnage, uma tradição que se perpetua com novas obras de seu compositor associado, Colin Matthews.
Na última temporada, cerca de duzentas e cinqüenta mil pessoas ouviram The Hallé. Destas, mais de vinte mil eram jovens, inspirados pelo programa pioneiro de educação de The Hallé, que gera cerca de quarenta projetos anuais, e que foi elaborado para criar uma ampla apreciação e compreensão da música através de toda a comunidade. The Hallé é uma sociedade benemerente, cuja meta é assegurar o sucesso contínuo e o desenvolvimento da orquestra e de sua família.
Sir Mark Elder, diretor geral e regente
Sir Mark Elder é diretor musical da Hallé desde setembro de 2000. Ele ocupou a mesma função na English National Opera entre 1979 e 1993; foi ainda principal regente convidado da City of Birmingham Symphony Orchestra entre 1992 e 1995 e diretor musical da Filarmônica de Rochester, dos Estados Unidos, entre 1989 e 1994. Apresentou-se também como regente convidado da Orquestra Sinfônica da BBC e do London Mozart Players.
O regente trabalha regularmente com várias das principais orquestras do mundo, aí incluídas as Filarmônicas de Berlim e Munique e as Sinfônicas de Chicago e Boston. No Reino Unido está intimamente associado com a Filarmônica de Londres e com a Orchestra of the Age of Enlightenment, tendo voltado a apresentar-se com a Sinfônica de Londres em 2007, quando foi aclamado pelo público. Sir Mark Elder apresentou-se ainda, por vários anos, nos Proms de Londres.
É Freqüentador habitual do pódio das mais importantes cenas líricas internacionais, aí incluídas a Royal Opera House de Londres, o Metropolitan Opera de Nova York, a Ópera Nacional de Paris, a Ópera Lírica de Chicago, o Festival de Glyndebourne, a Ópera Estadual da Baviera, sem falar nos Festivais de Bayreuth, Amsterdam, Genebra, Berlim e Sydney.
Nos anos em que esteve à frente da ENO conduziu a companhia à aclamação mundial, com turnês aos Estados Unidos (inclusive o Met de Nova York) e Rússia (inclusive o Bolshoi de Moscou e o Mariinski de São Petersburgo).
Sir Mark Elder fez várias gravações com orquestras como a Hallé, Filarmônica de Londres, City of Birmingham Symphony Orchestra, Sinfônica da BBC, Orchestra of the Age of Enlightenment, Orquestra da Royal Opera House e Filarmônica de Rochester, assim como com a English National Opera, em repertório que vai de Verdi, Strauss e Wagner à música contemporânea. Em 2003 a Hallé lançou seu próprio selo de CD, e os primeiros lançamentos sob a direção de Mark Elder, colheram elogios unânimes da crítica. Com o diretor Barrie Gavin fez um filme em duas partes sobre a vida e música de Verdi para a BBC em 1994, que foi seguido por um projeto similar sobre Donizetti para a TV alemã em 1996.
Além de suas obrigações com a Hallé, seus próximos compromissos sinfônicos incluem apresentações com as Sinfônicas de Boston e Chicago, Royal Concertgebouw, Orquestra Nacional Russa, Filarmônica da Rádio Holandesa e Filarmônica de Londres. Seus últimos trabalhos em ópera incluem Tannhäuser, Mefistofele, Otello, Sansão e Dalila, e Madama Butterfly para o Metropolitan de Nova York, Pelléas et Mélisande, Turandot e La Damnation de Faust de Berlioz para a Ópera de Paris, The Rake’s Progress, Euryanthe e Fidelio para Glyndebourne, La Battaglia di Legnano, La Cenerentola, Attila, Lohengrin, Simon Boccanegra, Turandot, La Bohème, O Barbeiro de Sevilha; apresentações em concerto de Don Sebastien de Donizetti (também gravado para o selo Opera Rara), Cyrano de Bergerac de Alfano, Stiffelio e Ariadne auf Naxospara o Convent Garden, Don Carlo em Gênova e Hänsel und Gretel, Un ballo in maschera, Faust de Gounod para a Ópera Lírica de Chicago e Il Trovatore em Florença. Futuros compromissos operísticos incluem Elektra, I Capuletti ed i Montecchi, Linda di Chamounix e Adriana Lecouvreur para o Convent Garden e Billy Budd em Glyndebourne.
Foi feito cavaleiro em 2008 e recebeu o grau de CBE em 1989. Conquistou um Prêmio Olivier em 1991 por seu trabalho excepcional na ENO. Em maio de 2006 foi apontado Regente do Ano pela Royal Philharmonic Society.
Polina Leschenko, pianista
Polina Leschenko nasceu em 1981 em São Petersburgo, em uma família de músicos, e começou seus estudos de piano com o próprio pai aos 6 de idade. Aos 8 anos, fez sua primeira apresentação com a Leningrado Simphony Orchestra. Estudou com Sergei Leschenko, Vitali Margulis, Pavel Gililov, Alexandre Rabinovitch-Barakovsky e Christopher Elton. Aos 16 anos recebeu seu diploma com grande distinção pelo Royal Conservatory de Bruxelas.
Recentemente apresentou recitais em Berlim, Viena, Atlanta, Nova Iorque, Luxemburgo e Milão, além de ter participado de festivais em Osnabrück, Sintra e o Festival ‘Progetto Martha Argerich’, em Lugano. Nas últimas temporadas apresentou-se com a Bournemouth Symphony Orchestra, a Hallé Orchestra, a Australian Chamber Orchestra, a Orquesta de Euskadi, a Russian National, a London Mozart Players e a Scottish Chamber Orchestras. Apresentou-se no Palais de Beaux Arts e no Carnegie Hall. Tem constantemente como companheiros de palco artistas como Heinrich Schiff, Ivry Gitlis, Christian Poltera, os irmãos Capuçon brothers, Alexander Sitkovetsky, Natalie Clein e Priya Mitchell.
Polina Leschenko gravou seu primeiro CD pela EMI. na série ‘Martha Argerich presents’, com trabalhos de Liszt, Chopin, Kreisler/Rachmaninov, Brahms e Bach/Feinberg. Recentemente participou de um aclamado projeto sobre a música de câmara de Prokofiev, ao lado de Martha Argerich, Christian Poltéra e Roby Lakatos, para o selo Pure Music. Seu último trabalho, também pelo Pure Music, foi um recital de Liszt, incluindo a Sonata em Si Menor.
Programa
Guiseppe Verdi
I Vespri Siciliani – Abertura
Franz Liszt
Concerto para piano Nº 1 em Mi bemol maior
Allegro maestoso
Quase adagio – Allegretto vivace – Allegro animato
Allegro marziale animato
Solista: Polina Leschenko
Intervalo
Claude Debussy
4 Préludes – arranjados para orquestra por Collin Matthews
Hommage a S. Pickwick
Canope
La Puerta del Vino
Les Collines d’Anacapri
Dmitri Shostakovich
Sinfonia Nº1 em Fá menor, op. 10
Allegretto – Allegro non troppo
Allegro
Lento
Allegro molto – Lento – Allegro molto
Serviço
Sir Mark Elder CBE, regente
Polina Leschenko, piano
Local:Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Data: 04 de setembro de 2008 (quinta-feira)
Horário: 20:30h
Preços:
Frisa e Camarote: R$ 1680
Balcão Nobre e Platéia: R$ 280
Balcão Simples: R$ 160
Galeria: R$ 60
Vendas: Theatro Municipal
Disque Dell`Arte: 3235-8545 / 2568-8742
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