Programado para iniciar às 20h, a banda SOTO começou pontualmente, na última quarta-feira (18), causando enormes problemas, pois o público em sua maioria ainda não havia entrado no local. Algumas pessoas relataram que só conseguiram entrar após trinta minutos do show do músico, que não tocava no Brasil há três anos.
Com relação à apresentação do Soto, o grupo deu prioridade ao ultimo disco, Divak, lançado recentemente em 2016, com os brasileiros BJ na guitarra e teclado, Edu Cominato na bateria, o excelentíssimo guitarrista Jorge Salan (Ex- Mago de Oz) e o baixista David Z, além, é claro, de Jeff Scott Soto nos vocais.
Quem já foi a algum show que tenha Jeff Scott Soto como frontman sabe da qualidade dele em cima dos palcos. Ali é seu território. E que show! A banda Soto ganhou uma sonoridade mais pesada em relação a seus trabalhos solos, mas nem por isso perderam técnica ou qualidade. Eles são muito sincronizados e agitam o público, seja pelo virtuosismo de Jorge Salan, pelas bases harmoniosas de BJ ou a cozinha perfeita de David Z e Edu Cominato. No palco, vira um show de encher os olhos.
Jeff lembrou que se sente em casa no Brasil e que, claro, como em toda sua passagem pelo país, ele não fica sem sua bebida preferida, a Caipiroska. Ele dedicou a faixa “When I’m Older“ a todos, já que a música fala sobre família. Porém, o caldo entornou já pro final, quando começaram os grandes sucessos do cantor, como em “I’ll be waiting”, gravado por ele na banda Talisman, quando pediu ajuda da plateia, desceu e circulou pela parte da pista vip chegando até a pista comum.
Para os fãs da época do Yngwie Malsmsteen’s Rising Force, (que infelizmente teve o show adiado) tivemos duas do magnífico álbum: “I am a Viking” e “I’ll see the light tonight”. O tradicional medley, com todos da banda participando também, é sempre característico e muito bom de se assistir. E a finalização magistral com a faixa “Stand up”, do filme Rock Star, que ainda teve todos da banda cantando à capela o sucesso do Steel Panther, “Comunity Priority”, encerrou de forma magistral e os fez ser ovacionados na saída.
- Divak
- Freakshow
- Wrath
- Weight of the World
- Final Say
- The Fall
- Cyber Masquerade
- When I’m Older
- Suckerpunch
- Fall From Grace
- Break
- Unblame
- Tears in the Sky
- I’ll Be Waiting
- I Am a Viking / I’ll See the Light Tonight
- We’re Not Gonna Take It / I Love It Loud / Don’t Stop Believin’ / We Will Rock You
- Stand Up
- Community Property
Às 21h30, pontualmente, o The Winery Dogs, capitaneado pelos músicos Richie Kotzen (guitarra e vocais), Billy Sheehan (baixo) e Mike Portnoy (bateria), entrou no palco com as músicas “Oblivion” e “Capitain Love”, com um belo solo de Billy Sheehan e Richie Kotzen (que consegue tocar melodias elaboradas sem a utilização de palheta com uma facilidade impressionante), mostrando porque este dream team de músicos consegue fazer um hard rock contagiante, levantando o público em quase todos os momentos e fazendo com que toda a história que os músicos possuem seja canalizada a favor da música que tocam.
Em seguida, a banda apresentou músicas do seu mais recente disco, Hot Streak, como por exemplo “We Are One” e a própria faixa título do álbum “Hot Streak“, cheia de groove tocada precisamente, com suingue e intensidade, por Mike Portnoy, mostrando um lado pouco visto no virtuosismo acelerado do Dream Theater, sua antiga banda, acompanhado de um incrível solo de Billy Sheehan, groovado na medida certa, que arrancou aplausos do público. Em seguida foram tocadas as músicas “How Long”, a pesada e cadenciada “Time Machine”, com um solo rápido e agressivo de Ritchie Kotzen, “Empire”, música movida pela cozinha Sheehan/Portnoy (animando a plateia com o uso de um cowbell no meio da música) e com um solo extraordinário de Kotzen. Após um breve momento, Richie Kotzen pegou o violão e tocou “Save Me“, cantada por todas as pessoas presentes no local, assim como “Fire“, que o público foi junto, especialmente no refrão.
Continuando, a banda tocou a balada do primeiro disco Think It Over, em que o vocalista assumiu os teclados, sendo um dos destaques do show.
Após o solo de bateria de Portnoy, em que nada foi perdoado e tudo foi utilizado para produzir sons percussivos no solo (com o baterista saindo do local do seu kit e batucando em caixas de som, palco, pedestal de microfone), ele voltou para sua bateria e finalizou seu solo. Em seguida, foi tocado “The Other Side” seguida por um impressionante solo de Billy Sheehan, utilizando a famosa técnica de tapping popularizada por Eddie Van Halen. Porém, com Billy no baixo, foi levada a um novo patamar, em que não parecia haver limites para a criatividade do músico, deixando a plateia boquiaberta.
Retomando a parte final do show, foram tocadas as musicas “Ghost in Town“, “I’m no Angel“, “Elevate” (cantada por todos da platéia, sendo esse o grande hit da banda) e no bis “Regret” e “Desire” agradaram os fãs fechando um show praticamente impecável, uma aula de hard rock para a nova geração.
Setlist:
- Oblivion
- Capitain Love
- Hot Streak
- How Long
- Time Machine
- Save Me
- Fire
- Think it Over
- Solo bateria
- The Other Side
- Solo baixo
- Ghost in Town
- I’m no Angel
- Elevate
- Regret
- Desire
Por A Ilha do Metal