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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta: “Gala Roland Petit”


Carmen e L’Arlesiènne compõem o programa dedicado ao coreógrafo francês que estreia temporada, em 9 de junho, com nove apresentações, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Ao longo de seis décadas de atividade, o coreógrafo francês Roland Petit se tornou  um dos principais nomes da dança no século XX ao assinar ballets que marcaram época. Duas de suas mais aclamadas criações, Carmen e L’Arlesiènne, integram a ‘Gala Roland Petit’, que estreia temporada com nove apresentações, em 9 de junho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. Inspiradas nas composições homônimas do compositor Georges Bizet, as coreografias serão apresentadas pelo Ballet do TMRJ, dirigido por Hélio Bejani, e acompanhadas pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, sob a regência de Carlos Calleja. Nos papeis principais, os bailarinos Claudia Mota, Márcia Jaqueline, Cícero Gomes e Filipe Moreira dividem o palco e se revezam com os convidados internacionais Sabrina Brazzo, Robert Tewsley e Andrea Volpintesta.

“É a oportunidade de oferecermos ao público duas obras referenciais de Petit. Ele é um coreógrafo pouco montado no Brasil, apesar de sua imensa importância na dança do século XX. Assisti este balé na Ópera de Paris e fiquei emocionada. Então partimos para adquirir os direitos.É uma honra ter peças de Petit em nosso repertório”, destaca a presidente da Fundação TMRJ, Carla Camurati.

Criada por Roland Petit em 1949, Carmen é considerado o mais emblemático e popular ballet da carreira do coreógrafo francês, que iniciou sua própria companhia em 1944, ao deixar o posto de primeiro bailarino da Opéra de Paris e desenvolver uma profícua carreira com mais de 70 criações. Baseado na famosa história de Mérimée sobre o trágico romance entre a cigana Carmen e o soldado Don José, o ballet é dividido em cinco atos e tem música de Bizet, composta para sua ópera homônima.

Vinte e cinco anos depois, Petit apresenta duas novas coreografias a partir da música de Bizet. Uma delas é L’Arlesiènne, inspirada na peça de Alphonse Daudet, de 1872, que em 1897 deu origem à ópera de mesmo nome de Francesco Cilèa. Com cenários inspirados nas pinturas de Van Gogh, Petitconta, em um ato, o casamento entre Frederi e Vivette, tragicamente terminado pela sombra de Arlesiènne, amor proibido do jovem Frederi, que não consegue esquecê-la.

Notabilizadas por serem acrobáticas e angulosas e ao mesmo tempo poéticas e teatrais, muitas vezes recorrendo ao uso da mímica e do canto, as criações de Petit foram interpretadas por bailarinos do porte de Mikhail Baryshnikov, Margot Fonteyn, Natalia Makarova e Renée (Zizi) Jeanmarie – esposa do coreógrafo e sua musa inspiradora. Para este espetáculo, os cenários, figurinos, luz e coreografia dos dois ballets foram reproduzidos por membros da equipe de Roland Petit, como Luiggi Bonino, assistente do coreógrafo que está no Brasil para supervisionar as montagens.

A Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal interpretará L’Arlesiènne e o arranjo de Carmen – criado especialmente para o balé por David Garforth –, sob a regência do maestro Carlos Calleja. O Maestro Silvio Viegas, diretor artístico do Theatro e seu maestro titular, que foi o responsável pela direção do ballet em 2010, faz uma análise dos trabalhos:

Carmen é uma das mais populares, fortes e contagiantes obras de todo repertório da música do século XIX. Além da ópera, em si, suítes, fantasias e inúmeras outras peças escritas por compositores das mais diversas origens foram baseadas nesta obra-prima que possui quase um século e meio de vida. Para a realização deste ballet, Roland Petit preferiu não utilizar as Suítes Carmen – ao contrário do que fez em sua L’Arlesiènne, quando usou os originais do compositor francês –, convidando o maestro David Garforth para uma nova releitura da obra. Sua sólida formação musical e grande experiência como regente de balés nos deu, em minha opinião, uma das mais ricas releituras desta que é uma das mais encenadas óperas de todos os tempos. Seu trabalho não foi somente o de orquestrá-la, mas também alocá-la dentro de uma nova estrutura que a história ganhara na narrativa de Petit. Ora respeitando fielmente a partitura, ora fazendo pequenas mudanças de andamento ou agógica, ora reorquestrando, com extremo bom gosto, trechos conhecidos como a Habanera, por exemplo, Garforth consegue lançar uma nova luz sobre essa obra, sem perder a força, dramaticidade, colorido e beleza do original. É, a meu ver, uma das mais corretas e respeitosas obras escritas tendo como base a ópera Carmen de Bizet”, completa Silvio.

Hélio Bejani, diretor do Ballet do TMRJ, faz coro: “Além de considerar imprescindíveis os trabalhos de Roland Petit em nosso repertório, destaco como principal importância para nossa companhia a possibilidade de experimentar o especial estilo deste renomado coreógrafo que une, com extrema competência e refinamento, técnica e interpretação. Ele cria uma atmosfera perfeita para que bailarinos e público deslizem de suas próprias realidades e realmente se envolvam com o espetáculo”, conclui.

Solistas

Sabrina Brazzo

Formada na Escola de Dança do Teatro Scala de Milão, Sabrina Brazzo é primeira bailarina da companhia italiana protagonizando um repertório de obras e coreógrafos tão diversos como ‘A megera domada’ (John Cranko), Now and then e A dama das camélias (John Neumeier), A sagração da primavera (Maurice Béjart), Serenade e Sonho de uma noite de verão (G. Balanchine), A bela adormecida, O lago dos cisnes, O quebra-nozes, Don Quixote e Cinderela (R. Nureyev), The Cage(Jerome Robbins) e Petit Mort (Jiri Kylian), em palcos como o Scala de Milão, Covent Garden (Londres) e Lincoln Center (Nova Iorque). Recebeu o prêmio da crítica Danza e Danza como melhor intérprete das temporadas de 1998/1999 e 2000/2001.

Robert Tewsley

Formado no Royal Ballet School, o londrino Robert Tewsley foi bailarino principal no Ballet Nacional do Canadá, Ballet de Stuttgart e New York City Ballet e diretor no Royal Ballet. Atualmente atuando como bailarino free lancer, é constantemente convidado para se apresentar com suas ex companhias e ainda com o Ballet da Ópera Estatal de Viena, La Scala de Milão, Novo Teatro Nacional de Tóquio, Ballet Santiago do Chile e Royal Winnipeg Ballet, para citar alguns. Dançou com Márcia Haydée um pas de deux de Penelope, criado por Christian Spuck, para uma produção de televisão. Em seu repertório, estão papéis como Siegfried, em O lago dos cisnes, Oberon, em The Dream, Romeu, em Romeu e Julieta, e Onegin, de John Cranko, A bela adormecida, de Nureyev, e O despertar da primavera, de John Neumeier, entre outros. Foi eleito o bailarino do ano, em 2002, pela revista Dance Europe, e indicado duas vezes para o prêmio Benois de la Dance por suas interpretações de Albrecht, em Giselle, e Apollo.

Andrea Volpintesta

O italiano iniciou seus estudos de dança em Cosenza, onde nasceu em 1976. Em 1994 e 1995, venceu o concurso Scarpetta D’oro, em Montecarlo, e foi premiado no Concurso Internacional de dança da cidade de Rietti. Desde 1997, atua no Balé do Teatro Scala de Milão como solista e primeiro bailarino, onde desenvolveu repertório de obras como Giselle, Ondine, Romeu e Julieta, Onegin, The Cage, A bela adormecida, Don Quixote e O Lago dos Cisnes, entre outros. Ao lado de Sabrina Brazzo, dançou Carmen, de Roland Petit, no Scalla de Milão, e Aida, de Zeffirelli, na The Israeli Opera, de Tel Aviv, e NHK, de Tóquio, entre outras produções.

Cláudia Mota

Bailarina Principal do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, iniciou seus estudos com Valéria Moreyra. É formada pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa, onde estudou com Amélia Moreira, Regina Bertelli, Jacy Jambay e Pedro Kraszczuk. Frequentou aulas no Le Jeune Ballet de France, Ópera de Zurique, Bèjart Ballet Lausanne, San Francisco Ballet e American Ballet Theatre. Trabalhou com Fernando Alonso, no Ballet de Camagüey, Cuba, e aperfeiçoou-se no Ballet Dalal Achcar com Miriam Guimarães, Maria Luíza Noronha e Sergio Lobato. No Ballet do Theatro Municipal dançou em todas as grandes montagens da Cia, interpretando os principais papéis, entre elas:; A Megera Domada; Giselle; O Lago dos Cisnes; La Bayadère; A Bela Adormecida; Coppélia; Onegin; Romeu e Julieta (Lady Capuleto – Vladimir Vassiliev – neste foi considerada a Melhor Intérprete no Mundo em suas remontagens, por Vladimir Vassiliev).Ganhou Medalha de Ouro no Certámen Americano de Ballet, Buenos Aires, sendo considerada a Melhor Bailarina da América Latina no ano de 1994 no Concurso Internacional del Chaco, Argentina. Representou o Brasil na VIII Gala de Ballet Latino Americana, na cidade de Assunção, Paraguai, em 2004. Foi agraciada com o Diploma de Melhores de 2005, na categoria Artes Cênicas (ballet), pela Sociedade Cultural Latino Americana.

Márcia Jaqueline

Márcia Jaqueline, natural do Rio de Janeiro, iniciou seus estudos de ballet clássico aos 9 anos de idade na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, onde aos 14 se formou, obtendo sempre nota máxima. Com apenas 14 anos, ingressou no Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente ocupa o cargo de Primeira Bailarina, recebendo elogios por suas performances de toda crítica de dança no Brasil. É detentora de diversos prêmios em concursos nacionais, tais como: Primeiro Lugar e Bailarina Revelação do Concurso Brasileiro de Dança (CBDD – RJ); Primeiro Lugar no Festival de Danças de Joinville; Primeiro Lugar no Festival de Dança Alice Arja (RJ), entre outros. Participou como solista convidada de várias galas em cidades do Brasil e do exterior, dentre elas: Gramado (RS), Brasília (DF), São Paulo (SP), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Bahia (BA), Corumbá (MS), São Luís (MA), Belém (PA) Campos de Goytacazes (RJ), Campina Grande (PB), Londrina (PR), Indaiatuba (SP), Montevidéu e Punta Del Este (Uruguai), Assunción (Paraguai), Toronto (Canadá). Em seu repertório estão incluídos papeis principais de montagens como O Lago dos Cisnes, La Bayadére, Onegin, La Fille Mal Gardée, A Bela Adormecida, Giselle, Coppélia, O Quebra Nozes, Voluntaries, Floresta Amazônica.

Cícero Gomes

Formado em 2002 pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa Cícero é primeiro Solista do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Antes, estudou na Escola de Ballet da Ópera de Vienna (Áustria – 1999) e na Elmhurst School for Dance by Birmingham Royal Ballet (Inglaterra – 2003). Foi bailarino da Cia. Jovem El Passo de Dança durante seis anos, trabalhando com Dalal Achcar e Mariza Estrela. Por dois anos e meio foi contratado pelo Ballet do Theatro Municipal, pelo qual dançou em O lago dos cisnes (2007), Giselle (2008) e Coppélia (2008). Ao final de 2008 participou como solista nas temporadas dos ballets O Quebra Nozes e Um Conto de Natal, ambos do TMRJ. Em julho de 2007, foi convidado pelo Festival de Joinville para ser personagem central do espetáculo A Gala das Estrelas, do qual também participaram grandes nomes como Fernanda Oliveira (English National Ballet), Wiliam Pedro (Ballet Maurice Bejart) e Cecília Kerche (Theatro Municipal do Rio de Janeiro). Em 2005 e 2009 participou da Gala Latino Americana de Ballet, em El Salvador e no Paraguai, respectivamente. E em 2010 dançou Carmen no papel de Bandido, numa curta temporada no TMRJ, e no papel principal de L’Arlesienne, ambas de Roland Petit. Em julho de 2010 dançou o ballet Wolfgang, coreografado por David Parsons. Em outubro de 2010, dançou o ballet Don Quixote no papel principal, Basílio, e realizou ensaios comandados pelo Ciryll Atanasof, primeiro bailarino e ensaiador do Ballet da Ópera de Paris.

Filipe Moreira

O paulistano Filipe Moreira começou seus estudos de ballet clássico com Ilara Lopes, estudando também com o professor Ismael Guizer. Como formação profissional estagiou na Cia Cisne Negro e Grupo Studio 3. Em 2003 prestou concurso oficial para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e desde então vem se destacando em todas as temporadas da companhia. Em seu repertório estão O Lago dos Cisnes, Coppelia, Onegin (John Cranko), Sétima Sinfonia e A Criação (Uwe Scholz). Em pouco tempo, assumiu a posição de solista em papeis como: A Bela Adormecida (Pássaro Azul), Giselle (Pas-de-Six), La Fille Mal Gardée (Allan), e nos ballets Metafísica (Roberto Oliveira) e A Criação (Uwe Scholz). Teve a oportunidade de trabalhar no BTM com nomes internacionais no cenário da dança como Richard Cragun, Slavick, Gustavo Mollajoli, Boris Storojkov e Tatjana Thierbach.entre outros. Apresentou-se em 2002 como convidado na Gala do Mercosul e em 2005 na Mostra de Dança da Cidade de Belém. Apresenta-se também como convidado na Cia Brasileira de Ballet. Assim como é convidado também para apresentar-se em Galas e Festivais em todo o Brasil.

Serviço

Gala Roland Petit
Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Programa: Carmen e L’Arlesiènne
Música: Georges Bizet
Coreografia: Roland Petit
Regência: Silvio Viegas
Apresentando: Sabrina Brazzo, Robert Tewsley e Andrea Volpintesta – convidados – e Claudia Mota, Márcia Jaqueline, Cícero Gomes e Filipe Moreira
Diretor Artístico do Ballet do Theatro Municipal: Hélio Bejani

Temporada:
Estreia: 9 de junho, quinta-feira, às 20h
Dias 10, 11, 14, 15, 16, 17 e 18 de junho às 20h
Dias 19 de junho às 17h

Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano s/n° – Centro
Informações: 2299-1711

Preços:

  • Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
  • Balcão superior – R$ 60,00
  • Galeria – R$ 25,00
  • Frisas e camarotes – R$ 504,00

Desconto de 50% para estudantes e idosos

Classificação etária: Livre

Duração: 1h40 (com intervalo)

Informações: (21) 2332-9191

Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone 21 4003-2330


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