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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta montagem inédita de Carmen, de Bizet


Ópera terá nos papeis centrais Luisa Francesconi, Edineia de Oliveira, Ekaterina Bakanova, Fernando Portari, José Manuel Chú e Valdis Jansons, com direção de Allex Aguilera

Depois de uma incompreendida estreia em 1875, quando chocou uma plateia parisiense que incluía ilustres como Massenet, Gounod e Dumas, ao apresentar uma cigana sensual, libertária e amoral, Carmen não tardou a se transformar em uma das óperas mais populares de todos os tempos, com incontáveis montagens e adaptações para o teatro e o cinema ao redor do mundo. A Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura (SEC), apresenta a partir do dia 10 de abril a obra-prima do compositor francês Georges Bizet no palco onde estreou há 101 anos, com uma montagem inédita do diretor brasileiro radicado na Espanha Allex Aguilera – atualmente, Diretor Residente e de Área Cênica do Palau de les Arts Reina Sofia e Diretor Associado na montagem da tetralogia wagneriana com a Cia. La Fura dels Baus – e figurinos assinados por Fabio Namatame. A temporada terá sete apresentações até 19 de abril e integra a programação artística sob a responsabilidade do Maestro Isaac Karabtchevsky, que conduzirá a Orquestra Sinfônica e Coro do TMRJ e o Coral Infantil da UFRJ. À frente do elenco de solistas, as mezzo-sopranos Luisa Francesconi e Edineia de Oliveira se alternam no papel-título ao lado dos tenores Fernando Portari e José Manuel Chú, como Don José, da soprano russa Ekaterina Bakanova (Micaela) e do barítono letão Valdis Jansons (Escamillo). A produção terá ainda a participação especial da atriz Ada Chaseliov como intérprete de Lillas Pastia, personagem dono da taberna tradicionalmente masculino, mas representado pela primeira vez por uma mulher.

“Trazer ao nosso palco a energia vibrante e a beleza da música deste gênio que foi Bizet, com árias tão queridas do público como a Habanera e a Canção do Toreador, em uma nova montagem assinada pelo talentoso Allex Aguilera me deixa muito feliz. Queremos dedicar esta produção à saudosa mezzo-sopranoCarmen Pimentel, que estreou sua gloriosa carreira aqui no Municipal cantando Carmen e nos deixou recentemente”, comenta Carla Camurati, presidente da Fundação TMRJ.

Baseada na novela homônima de Prosper Mérimée, esta ópera em quatro atos, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, é ambientada em Sevilha em 1820 e narra a história da cigana Carmen, uma mulher sem escrúpulos que seduzia os homens e os levava à perdição. No triângulo amoroso com o toureiro Escamillo e o cabo de polícia Don José, enlouquecidos pela paixão, ela leva a pior: sentindo-se traído, Don José mata Carmen a punhaladas.

“Uma ópera repleta de temas belíssimos, de danças inebriantes e com uma história de amor, ciúmes e traição que a transformaram, com muita justiça, em uma referência no repertório operístico mundial. Apesar de francês, Bizet conseguiu captar o espírito espanhol como poucos o fizeram, trazendo todo o calor, energia e a atmosfera ibérica, repleta de touros, contrabandistas e tabernas para sua partitura, com fluidez e encantamento”, destaca o Maestro Isaac Karabtchevsky.

Ao apresentar uma protagonista transgressora, que ia de encontro aos padrões da época, Carmen foi mal-recebida em sua estreia, em março de 1875, e alvo de duras críticas. Os sete meses que separaram a catastrófica première de sua reestreia vienense, esta sim aclamada pelo público, não foram suficientes para que seu autor colhesse os louros do sucesso. Georges Bizet morreu aos 36 anos em junho daquele ano. A temporada na capital austríaca, em que a ópera foi cantada em alemão, angariou admiradores proeminentes como os compositores Brahms, Wagner e Tchaikovsky e o filósofo Nietzsche. A obra seguiu para Bruxelas, Nova Iorque, Berlim e, em 1883, fez sua volta triunfal a Paris.

Carmen estreou no Brasil em 1881 – seis anos depois de sua estreia mundial – no Teatro D. Pedro II, no Rio de Janeiro, pela Companhia Francesa de Maurice Grau, que se tornou famoso por ter dirigido o Metropolitan de New York e o Covent Garden de Londres. Nossa primeira Carmen foi, com enorme sucesso, Paola Marié, irmã de Célestine Marié, a criadora do papel em Paris. No Theatro Municipal, ela foi vista pela primeira vez a 6 de setembro de 1913 e foi cantada em italiano, prática que durou algumas décadas. Já subiu à cena em 30 temporadas, num total de 91 récitas. Com as sete desta temporada, farão um total de 98 récitas, colocando-a na sétima posição entre as óperas mais vistas no Municipal carioca.

Diretor cênico e autor dos cenários do espetáculo, Allex Aguilera explica o conceito da produção:

“Esta montagem é atemporal porque, apesar de Carmen ter uma música sublime, é uma ópera sobre a violência e que continua atual, por abordar, entre outros assuntos, a agressão contra a mulher. Criei cenários extemporânos construídos em planos superpostos e com algumas projeções de imagens. Fábio Namatame elaborou figurinos que não ficam situados em nenhuma época específica. Gostaria que o público se sentisse envolvido na trama. Infelizmente, a violência de gênero ainda é muito presente nas diversas culturas, com mulheres sendo mortas em mãos de homens que equivocadamente, a meu ver, chamam de crime passional, não só no Brasil, como no mundo inteiro”.

Sucesso desde sua estreia em Aida, no ano passado, o projeto Falando de Ópera terá mais uma edição nesta temporada. São palestras grátis com uma hora de duração sobre o espetáculo a ser apresentado – aos moldes das opera talks realizadas em teatros europeus –, com início uma hora e meia antes do começo da sessão, no Salão Assyrio. As palestras serão apresentadas pelo Maestro Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, e por Bruno Furlanetto que falarão sobre a história de Carmen e abordarão também detalhes específicos desta montagem.

Sinopse

Primeiro ato

Praça em Sevilha, de um lado a fábrica de cigarros e de outro o quartel dos Dragões de Alcalá. Ao meio-dia há a troca de guardas e as operárias saem da fábrica. Entre elas está Carmen, uma cigana sensual, desejada por todos. Micaela está à espera de Don José, um cabo da corporação, trazendo uma carta de sua mãe que deseja vê-lo. Em seguida, tendo voltado ao trabalho, as operárias fazem um grande tumulto e saem pedindo ajuda ao tenente dos Dragões, o oficial Zuniga, que ordena a Don José que veja na fábrica a causa da confusão. Este retorna trazendo Carmen, que é presa por ferir uma colega numa briga. Carmen seduz Don José, que a solta e é preso por isso.

Segundo ato

É noite na taberna de Lillas Pastia, onde Carmen, suas amigas, operárias, soldados e homens do povo se divertem. O bar está inflamado pela música, bebida e a atmosfera noturna quando é anunciada a chegada de Escamillo, um toureiro de Granada, que passa pela cidade para as touradas. As mulheres encantam-se com ele, inclusive Carmen, que espera Don José. Após a saída de todos, os contrabandistas pedem a ajuda de Carmen e suas amigas para fazer entrar a próxima carga na cidade. Don José aparece e é convidado por Carmen a unir-se ao grupo. Ele reluta, mas após duelar com Zuniga, que voltara ao bar à procura de Carmen, sem escapatória, vê-se obrigado a desertar e a se unir aos contrabandistas.

Terceiro ato

Nas montanhas próximas de Sevilha, os contrabandistas, homens e mulheres se reúnem para entrar com o contrabando na cidade. Don José está arrependido e Carmen já não o suporta mais. Mercedes e Frasquita leem a sorte nas cartas e só veem futuro promissor. Carmen faz o mesmo e vê a sua morte. Don José fica de vigília quando aparece Escamillo, que conta estar tendo um caso com Carmen. Lutam e Carmen impede que Don José mate Escamillo. Micaela, que fora à montanha procurar Don José, lhe entrega uma carta de sua mãe, que está doente e quer vê-lo antes de morrer. Don José parte ameaçando Carmen e prometendo vê-la mais tarde.

Quarto ato

Ruas de Sevilha, próximo à Praça de Touros. É dia de corridas. Vendedores e o povo se misturam com a chegada das “quadrilhas” de toureiros. Entram o grande Escamillo e Carmen, como sua nova namorada. Todos se dirigem à Praça de Touros, menos Carmen, que é avisada por suas amigas de que Don José está ali e que é um perigo para ela. Carmen, sem temer nada, enfrenta Don José dizendo que não o ama mais e se desfaz do anel que ganhara dele. Após este ato de desprezo, Don José mata a cigana e chora sobre seu corpo.

Sobre os solistas

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

Dotada de um belo timbre de mezzo-soprano lírico, Luisa Francesconi estudou música em Brasília e aperfeiçoou o canto lírico com Rita Patané, em Milão. A cantora se destaca, entre outras coisas, pela notável capacidade para a execução de coloratura, interpretando com grande sucesso o repertório rossiniano e mozartiano, em óperas como Il Barbiere di Siviglia, L’Italiana in Algeri, Così fan Tutte e Don Giovanni. A mezzo-soprano fez sua estreia internacional no Teatro Argentina, em Roma, no papel de Cherubino (Le Nozze di Figaro). Representa também com grande sucesso outros papéis em travesti, como Romeo (I Capuleti ed I Montecchi, Bellini), Orfeo (Orfeo ed Euridice, Gluck) e Idamante (Idomeneo, Mozart). Canta com frequência nos principais teatros brasileiros,  italianos, e portugueses, como o Maggio Musicale em Florença, o Teatro Massimo de Palermo, o Teatro Regio de Torino e o Teatro São Carlos em Lisboa. Interpretou o Stabat Mater (Pergolesi) na famosa igreja Ara Coeli em Roma, e a Missa em dó menor(Mozart) no Auditorium Verdi, em Milão. Recentemente cantou, com êxito de público e crítica, a personagem Carmen, da homônima ópera de Bizet, no Palacio de Bellas Artes na Cidade do México, onde a produção ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo Clássico de 2013. Seu repertório de óperas e concertos é vasto e inclui, além dos títulos já citados, La Cenerentola, Werther, Les Toyens, Trouble in Tahiti, L’Enfant et les Sortilèges, Griselda, entre outros. Entre seus próximos compromissos estão a ópera Carmen no Theatro Municipal de São Paulo e As Bodas de Figaro no Theatro São Pedro.

Edineia de Oliveira, mezzo-soprano

Edineia de Oliveira vem se consagrando por atuações memoráveis em papéis como Lola / Santuzza (Cavalleria Rusticana, Mascagni), Sacerdotiza (Aida, Verdi), M. Larina (Evguêni Onieguin, Tchaikóvsky), Laura (La Gioconda, Ponchielli) e Dalila (Samson et Dalilah, Saint-Saëns). Recebeu o Prêmio Carlos Gomes (2005) por sua brilhante performance como Iara (Bug Jargal, Malcher). Também colheu aplausos calorosos do público e critica por suas atuações em Sea Pictures (Elgar), no Rio de Janeiro, e ao viver Serena (Porgy and Bess, Gershwin), em São Paulo. Seu trabalho também é muito expressivo na música sinfônica e camerística, reconhecida por suas atuações em Magnificat (Bach), Grande Missa (Mozart), O Messias (Haendel) e Requiem (Duruflè). Edinéia dá especial ênfase ao lied alemão e à canção brasileira em seu repertório camerístico, tendo recebido da critica especializada os mais altos elogios por seu timbre, musicalidade e refinamento. O talento da cantora também conquistou as plateias internacionais, estreando como solista no Concerto dos Cinco Continentes, em Seul, Coréia do Sul, e posteriormente na Alemanha e Itália. A mezzo-soprano gravou, como solista, junto ao grupo Brasilessência, uma coletânea de árias e canções da Música Colonial Brasileira. Entre os prêmios que Edinéia recebeu em sua carreira estão o Concurso de Canto Maria Callas, o de Jovens Solistas da OSESP, o III Concurso Nacional de Canto FUNARTE e o Concurso Nacional de Música Brasileira Francisco Mignoni.

Fernando Portari, tenor

Com sólida carreira internacional, estreou em 2010 no Teatro alla Scala de Milão em Fausto (Gounod), ao lado de Roberto Scandiuzzi. Apresentou-se com Anna Netrebko em Manon de Massenet, na Staatsoper de Berlim, sob a direção de Daniel Barenboim. Cantou na Ópera de Roma, Ópera de Hamburgo, Teatro São Carlos de Lisboa, Deutsche Oper de Berlim, Teatro Massimo de Palermo, Teatro Bellini de Catânia, Comunale de Bologna, Novaya Theater de Moscou, Municipal de São Paulo, Teatro Amazonas e ainda em Colônia, Berlim, Sevilha, Tóquio, Helsinki e Varsóvia, entre outros. Recebeu o Prêmio APCA e duas vezes o Prêmio Carlos Gomes. Nome frequente nas temporadas líricas nacionais nos principais papéis, gravou o oratório Colombo de C. Gomes (Prêmio Sharp); A Canção da Terra de Mahler; o DVD Il Crociato in Eggito (Meyerbeer) no Teatro La Fenice, com Patrizia Ciofi e direção de Pier Luigi Pizzi; o DVD La Rondine (Puccini), produção do La Fenice, com Fiorenza Cedolins, regência de Carlo Rizzi e direção de Graham Vick. Interpretou Henri em Les Vêpres Siciliennes (Verdi) na Ópera de Genebra e Fausto(Gounod) no Teatro Liceo de Barcelona. Voltou ao Teatro alla Scala para cantar Roméo et Juliette(Gounod). Em 2013 debutou no papel de Turiddu em Cavalleria Rusticana e fez Rodolfo (La Bohème) na premiada produção do TMSP. Compromissos para 2014 incluem Carmen, em maio, no Theatro Municipal de São Paulo, e Werther, com regie de Graham Vick, no Teatro São Carlos de Lisboa, em outubro.

José Manuel Chú, tenor

Formado pelo Conservatório Nacional de Música na Cidade do México, tem atuado em diferentes partes do mundo, como Barcelona, Buenos Aires, Trujillo (Peru), Portland, Nova Iorque, Los Angeles, Dallas Texas, Milão, Padova, Roma, Bolonha, Bucareste e México. Frequentou classes de aperfeiçoamento com Enrique Jaso, Eric Steinman, Susan Young, Enrique Patrón de Rueda, Bonaldo Giagiotti, Daniel Hendrick, Danielle Orlando, Justino Diaz, Sherley Verret, Rogelio Riojas, Graciela Araya, Cesar Ulloa, Francisco Araiza Daniel Villegas, Martha Félix, David Ramirez, Claude Courbeil, Carlos Duarte, Matt Pais. Conquistou dois prêmios no Concurso Internacional Giacomo Lauri Volpi na Itália – 1º lugar na categoria ‘zarzuela’ e 2º lugar na categoria ‘ópera’. Vencedor do prestigiado concurso Magda Olivero, em Milão. Como finalista do Iris Adami Corradetti, cantou com a Orquestra de Veneza, em Padova, Itália. Foi premiado em concursos internacionais de ópera realizados na cidade de Trujillo, no Peru, e em San Miguel de Allende, no México. Participou de diferentes montagens nas principais casas de ópera do México. Seu repertório inclui La Bohème, Tosca, Madama Butterfly, Il Tabarro, Cavalleria Rusticana, I Pagliacci, Mefistófeles de Arrigo Boito, Un ballo in Maschera, Aida, Carmen e a zarzuela Luisa Fernanda. Apresentou-se como solista na Ópera Nacional de Bucareste, Romênia, nos papéis de Rodolfo (La Bohème), Pinkerton (Madama Butterfly), Faust (Mefistófeles de Boito) e Conde Riccardo (Un Ballo in Maschera). Sua discografia conta dois CDs, o primeiro dedicado à música mexicana e o segundo, de tangos, uma homenagem a Gardel e Piazzolla.

Ekaterina Bakanova, soprano

Nascida em 1984 em Mednogorsk, na Rússia, a soprano Ekaterina Bakanova fez sua formação na Escola Estatal de Música Gnesin, em Moscou, com a professora Margharita Landa entre 2001 e 2005, participando de vários concursos dentro e fora do Colégio. Em 2004, conquistou o primeiro prêmio no concurso russo Bella Voce, também em Moscou. No ano seguinte, ingressou na Academia de Música Gnessin, na capital russa, onde se graduou em 2011. Atuou como solista no Teatro de Ópera Novaya, em Moscou, de 2005 a 2009. Estuda com o Maestro Gioacchino Gitto em Roma, desde 2008. Entre seus principais papéis estão Sophie, da ópera Werther, de Jules Massenet, numa montagem com Giuseppe Filianoti no Teatro Francesco Cilea, em Reggio Calabria, Itália. Também interpretou Gilda, em Rigoletto, de Verdi, no Festival de Ópera St. Margarethen, na Áustria, e no Teatro Carlo Felice em Gênova, Itália. Outro destaque foi no papel de Rosina em Il Barbiere di Siviglia, de Rossini, encenada no Teatro de Ópera Novaya, em Moscou. Em 2012 ganhou o papel de Lucia em Lucia di Lammermoor, no 63º Concurso Para Jovens Cantores de ópera da Europa, na cidade de Como, na Itália; e também fez sua estreia como Micaela em Carmen, de Bizet, no palco lendário do Teatro La Fenice, em Veneza, onde apresentou-se até o ano passado. Entre os destaques de sua carreira em 2013 estão interpretações de Zerlina, em Don Giovanni, de Mozart, na Opéra National de Montpellier e na cidade de Versalhes, ambas na França. Na agenda de 2014 estão previstas suas estreias na famosa Arena di Verona, também no National Center for the Performing Arts (NCPA), em Pequim; e ainda na Royal Opera House, em Londres.

Valdis Jansons, barítono

Nascido na Letônia, o barítono Valdis Jansons fez sua estreia operística em 2004 sob a direção de Antonello Allemandi. Vencedor de vários concursos internacionais (Giuseppe Di Stefano 2006; e da Associazone Lirica Concertistica Italiana As.Li.Co. 2009, entre outros), cantou em mais de 30  dos mais prestigiosos teatros de todo o mundo como o Teatro alla Scala, em Lulu, de Alban Berg, dirigido por Peter Stein e conduzida por Daniele Gatti em 2011; Teatro Carlo Felice di Gênova como Capuleto em Romeo et Juliette, dirigido por Jean Louis Grinda e conduzido por Fabio Luisi em 2012; Teatro Filarmonico di Verona, Teatro Regio di Parma, São Carlos Teatro de Lisboa, do Teatro Bolshoi de Moscou, Theater an der Wien, NCPA em Pequim, Lincoln Center, em Nova York, entre outros. Jansons em breve será ouvido no Teatro Montecarlo em Rusalka, bem como em sua cidade natal, na Ópera Nacional da Letónia como Enrico em Lucia di Lammermoor. Em diversas ocasiões esteve dividiu o palco com grandes estrelas como Leo Nucci como Rigoletto, Rolando Panerai e Juan Pons em Gianni Schicchi, Roberto Servile como Marcello em La Bohème, entre outros. Além de sua carreira de ópera, frequentemente se dedica à música de câmara, com ênfase no repertório russo.

Sobre o diretor cênico e cenógrafo

Allex Aguilera

Allex Aguilera nasceu em São Paulo. Atualmente está radicado na Espanha onde é Diretor Residente e de Área Cênica do Palau de les Arts Reina Sofia, em Valência, e Diretor Associado na montagem da tetralogía wagneriana com a Cia. La Fura dels Baus, em Barcelona. Nos próximos anos, assinará a montagem de Lucia di Lammermoor, em 2015, no Festival Alejandro Granda em Lima, Peru, e, em 2014, de Turandot, regência do Maestro Zubin Mehta, além de seu espetáculo Opérame, na Ópera de Bilbao. Em 2013, esteve à frente da encenação de Die Walküre, direção musical de Zubin Mehta. Em 2012, dirigiu, mais uma vez com Zubin Mehta, uma nova produção de Tristão e Isolda, de Wagner, para o V Festival del Mediterrani do Palau de les Arts Reina Sofia. E ainda La Vida Breve, de Manuel de Falla, produção de Giancarlo del Monaco; Tosca, sob a regência de Plácido Domingo; Siegfried da Fura dels Baus; e  Opérame, com o tenor José Manuel Zapata e a participação de músicos da Berklee College of Music. Montou Die Walküre (2011) no Teatro da Maestranza, em Sevilha; Yerma (2010), de Villa-Lobos, no XIV Festival Amazonas de Òpera; e Turandot (2009), no Festival de Ópera de A Coruña e na Ópera de Monte-Carlo. Em 2005, foi convidado pela direção do Palau de les Arts Reina Sofia para organizar os concertos inaugurais da nova casa de ópera com os Maestros Zubin Mehta e Lorin Maazel, além de atuar como Coordenador de Produção e responsável pela Direção Cênica. Colaborou com os cineastas Chen Kaige e Werner Herz em Turandot e Parsifal, respectivamente. Esteve ao lado de Lorin Maazel nas remontagens de Madama Butterfly e Turandot. Dirigiu o tenor Plácido Domingo em Die Walküre na produção da Fura dels Baus, sob a batuta de Zubin Mehta, com transmissão direta para diversas cidades europeias. Sempre com La Fura dels Baus, participou da direção de Les Troyens, de Berlioz, direção musical de Valery Gergiev. A partir de 2003 trabalhou como assistente de direção cênica na Ópera Nacional de Paris, Bastilha e Palais Garnier em títulos como Guillaume Tell, Le Nozze di Figaro, Die Fledermaus, Peter Grimes e Capriccio, junto aos régisseurs Francesca Zambello, Giorgio Strehler, Coline Serreau, Graham Vick e Robert Carsen. Ainda em Paris, no Théâtre du Châtelet, trabalhou com Laurent Pelly na opereta La grande duchesse de Gérolstein, de J. Offenbach, inaugurando o Teatro de Ópera MK2 de Grenoble. Dirigiu a peça Gaviotas Subterráneas (2002), de A. Vallejo, no Teatro Can Felipa e, na temporada seguinte, na Sala Beckett de Barcelona. Participou na direção do filme Amahl and the night visitors, ópera de Giancarlo Menotti, junto à diretora Francesca Zambello para a BBC. Assinou a direção da peça teatral Torrijas de Cerdo, em cartaz durante duas temporadas no teatro Llantiol de Barcelona. Diplomado em Direção Cinematográfica pelo Centre d’Estudis Cinematogràfics de Catalunya em Barcelona, escreveu e dirigiu vários curtas-metragens. Colabora regularmente com o Centro de Aperfeiçoamento Plácido Domingo, como orientador, na direção de vários espetáculos com seus artistas.

Sobre o diretor musical e regente

Isaac Karabtchevsky

Em 2009, o jornal inglês The Guardian indicou o maestro Isaac Karabtchevsky como um dos ícones vivos do Brasil. A expressão do jornal tem sua razão de ser: desde os anos 70, Karabtchevsky tem desenvolvido uma das carreiras mais brilhantes no cenário musical brasileiro, comandando o projeto mais ousado de comunicação popular da América Latina, o Aquarius, que reuniu durante anos milhares de pessoas ao ar livre e favoreceu, dessa forma, a formação de um público sensível à música de concerto. Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica, Diretor Artístico do Instituto Baccarelli e da Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Atualmente é também o responsável pela programação artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Desde 2000, dirige, na Itália, no Musica Riva Festival, masterclasses para maestros do mundo inteiro. Na Mostra Internacional de Música de Olinda – Mimo – realiza o mesmo curso. Esse período de intensa atividade coincide com sua permanência na Europa, atuando como diretor artístico de diferentes orquestras e teatros. De 1988 a 1994, tornou-se Diretor Artístico da Orquestra Tonkünstler, de Viena, com a qual realizou várias turnês internacionais, tendo sempre recebido críticas consagradoras. Na Áustria, em virtude de sua importante atividade recebeu condecoração do governo austríaco, reconhecimento concedido pela primeira vez a um artista brasileiro. De 1995 a 2001, foi Diretor Artístico do Teatro La Fenice, em Veneza, com uma ousada programação, com títulos como Erwartung, O Castelo de Barba Azul, O Navio Fantasma, Sadko, O Amor das Três Laranjas, Capriccio, Tristão e Isolda, Simon Boccanegra, Don Giovanni, Falstaff, Carmen, Fidelio e numerosos concertos sinfônicos. Com o La Fenice fez extensas turnês tanto na Europa como no Japão. Entre 2004 e 2009, foi Diretor Artístico da Orchestre National des Pays de la Loire (ONPL), na França. Em reconhecimento ao seu trabalho recebeu do governo francês em 2007, a comenda Chevalier des Arts e des Lettres. Tendo também recebido condecorações de praticamente todos os estados brasileiros. Dentre os teatros e orquestras de prestígio dessa fase, estão a Salle Pleyel, de Paris, o Konzertgebouw, de Amsterdã, o Musikverein, de Viena, o Festival Hall, de Londres, a Accademia di Santa Cecilia, de Roma, o Teatro Real, de Madrid, a Staatsoper, de Viena, o Carnegie Hall, em Nova York, o Teatro Comunale, de Bologna, a Rai, de Torino, o Teatro Colón, em Buenos Aires, a Deutsche Oper am Rhein, de Düsseldorf, a Orquestra Gurzenich, de Colônia, a Orquestra Filarmônica de Tóquio, etc. A partir de 2004, Karabtchevsky assumiu a direção da Orquestra Petrobras Sinfônica. Nesta fase prepondera sua vasta experiência no repertório sinfônico e também a visão do regente habituado a títulos do porte de Billy Budd, de Britten e inúmeras produções que o levaram a dirigir, na Ópera de Washington, uma notável realização de Boris Godunov, considerada pelo crítico Tim Page, do Washington Post, como a melhor da temporada de 1999-2000. Sergio Segalini, editor chefe da conceituada revista Opéra Internacional, escreveu que seu Fidelio foi uma das produções mais notáveis desta obra já realizadas. No início de 2011, Karabtchevsky recebeu o convite para dirigir a Sinfônica de Heliópolis, a maior comunidade carente de São Paulo, assumindo paralelamente a direção artística do Instituto Baccarelli. Este projeto se inscreve como um dos maiores desafios recebidos nos últimos tempos, pois vem de encontro à sua aspiração de desenvolver, em comunidades brasileiras, a formação de orquestras jovens. Segundo ele, a educação musical do Brasil poderá ser resgatada com o mesmo impulso esboçado por Villa-Lobos e que foi posteriormente tão bruscamente interrompido. Foi convidado pela OSESP para a gravação da integral das sinfonias de Villa-Lobos, que está se realizando, no período compreendido de 2011 a 2016. Este projeto é resultado de um profundo trabalho de reconstituição das partituras e do resgate de uma importante e esquecida vertente da produção do compositor. Ele foi também Diretor Artístico do Teatro Municipal de São Paulo, da Orquestra Sinfônica Brasileira (1969 a 1995) e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

Serviço

Carmen

ORQUESTRA SINFÔNICA E CORO DO THEATRO MUNICIPAL

Música: Georges Bizet

Libreto: Henri Meilhac e Ludovic Halévy

Figurinos: Fabio Namatame

Iluminação: Eduardo Dantas

Direção cênica e cenografia: Allex Aguilera

Direção Musical e Regência: Isaac Karabtchevsky

No elenco:

Carmen: Luisa Francesconi, mezzo-soprano

Datas: 10 e 16, às 20h; 13 e 19, às 17h

Edineia de Oliveira, mezzo-soprano

Datas: 12, 15 e 17, às 20h

Don José: Fernando Portari, tenor

Datas: 10 e 16, às 20h; 13 e 19, às 17h

José Manuel Chú, tenor

Datas: 12, 15 e 17, às 20h

Micaela: Ekaterina Bakanova, soprano

Escamillo: Valdis Jansons, barítono

Frasquita: Lucia Bianchini, soprano

Mercedes: Daniela Mesquita, mezzo-soprano

Remendado: Marcelo Coutinho, tenor

Morales: Leonardo Páscoa, barítono

Zuniga: Daniel Germano, barítono

Artista convidada: Ada Chaseliov, como Lillas Pastia

Participação:
Coral Infantil da UFRJ
Direção Artística e Regência: Maria José Chevitarese

Datas: 10, 12, 15, 16 e 17 de abril, às 20h
Datas: 13 e 19 de abril, às 17h
Duração: 180 minutos, com intervalo
Classificação: Livre
Capacidade: 2.244 lugares

Preços:
Frisas e camarotes – R$ 504,00
Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
Balcão superior – R$ 60,00
Galeria – R$ 25,00
Desconto de 50% para estudantes e idosos

Palestra Falando de Ópera

Apresentação: Maestro Silvio Viegas
Datas: 15, 16, 17 e 19
Bruno Furlanetto
Datas: dias 10, 12 e 13
Salão Assyrio / Avenida Rio Branco, s/nº – Centro
Entrada Franca, mediante a apresentação do ingresso (todos os dias da temporada, com início sempre 1h30 antes do espetáculo)
Duração: 60 minutos


Este evento é realizado pela empresa THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, que responde pela promoção, produção e organização do evento em geral. Qualquer assunto relacionado à venda de ingressos deve ser tratado diretamente com as empresas responsáveis por sua comercialização.
A MIDIORAMA é responsável somente pela ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO deste evento, não tendo qualquer envolvimento ou responsabilidade sobre a produção, organização, venda de ingressos, agenda ou programação.


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