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Scott Weiland: entre o Stone Temple Pilots, o Velvet Revolver e a morte


Na última sexta-feira, 4, os fãs de rock do Brasil acordaram com uma notícia triste: morreu Scott Weiland

Na última sexta-feira, 4, os fãs de rock do Brasil acordaram com uma notícia triste: morreu Scott Weiland.

Ainda que não fãs da banda, para muitos da comunidade roqueira o impacto foi grande. Além de boa música, Scott era uma figura icônica, um dos monstros vivos do estilo.

Scott Weiland era um roqueiro à moda antiga. Tinha crises, variava de humor, flertava com a arrogância na mesma proporção que era doce para escrever uma música. Scott, para mim “nada menos” do que um grande vocalista de rock, tinha atitude.

O que falta nos bons moços do rock atual (e alguns deles das antigas) sobrava em Weiland. Um rockstar no maior sentido da palavra. Numa época de politicamente correto, de rockstars lutando por um mundo melhor através de outros meios e não de sua música (afinal, ela não tem mais a menor relevância, por isso a mudança), Scott era oldschool.

Não há o menor problema em músicos lutarem por causas humanitárias e outras coisas, desde que sua música continue boa, relevante. Caso contrário, isso me soa falso, forçado. Algo como “Olha, não gravo mais um disco que preste mas quero aparecer então tô ai ajudando geral”.

Desde sempre Scott flertou com a morte. Desde sempre se fez polêmico não por querer aparecer, mas por ser apenas quem ele era. Um dos últimos moicanos do rock se foi.

Tal qual Jim Morrison, Ozzy e Lemmy em seus áureos tempos, Laney Stanley e tantos outros, Weiland se foi sem ter vergonha de ser quem ele era, sem precisar “fazer bonito”, mas fez, fez com o Stone Temple Pilots, fez com o Velvet Revolver e mais recentemente com o The Wildabouts.

Não queria citar as drogas, isso é ruim, é um assunto pesado e longe de mim querer que os grandes nomes do rock morram todos de overdose. Isso é idiotice. Até o momento em que este texto estava sendo escrito, nem era sabida a causa da morte de Scott, mas infelizmente é a primeira coisa que imaginamos: drogas.

Não quero ninguém morrendo assim por ai, mas quero e prefiro, pessoas verdadeiras até o fim. Assim foi Scott Weiland. Chato, marrento, falastrão, usuário, prepotente e acima de tudo, um enorme vocalista. É isso que fica.

Scott era tudo isso e por isso era verdadeiro e por isso vai fazer falta. Hoje falta verdade, sobra bom mocismo.

Enfim…

Vá em paz cara, monte uma banda com Bonham, Jimi e Brian Jones. Termine essa banda e toque com B.B. King, depois manda ver num dueto com a Janis. A Amy ia adorar aquele seu alto-falante e o chapéu também. Ai chama o Laney e o Kurt para umas biritas enquanto a gente espera para encontrar com vocês ai.

 

Por Rock Noize


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